A pesquisa “PerfilADV – 1º Estudo sobre o Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira”, publicada em abril de 2024, traçou um panorama sobre as características sociodemográficas e profissionais dos advogados em atuação no Brasil até o período.
Sem edição atualizada em 2025, os dados apontaram que, até a data de publicação, 72% dos advogados no Brasil eram autônomos.
No estudo, encomendado pelo Conselho Federal da OAB em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou explicitado que 70% desses profissionais ganhavam até entre dois e cinco salários-mínimos. Somente 3% da categoria recebiam acima de 20 salários-mínimos.
Diante desse cenário, muitos podem olhar para a advocacia autônoma como uma alternativa para tentar alcançar maior liberdade financeira e profissional.
No entanto, é essencial manter atenção quanto aos desafios que essa via possa gerar. Abaixo, confira algumas vantagens e dificuldades ao optar por esse caminho!
Quais as vantagens e dificuldades encontradas na atuação como advogado autônomo?
Um advogado autônomo é um profissional que não tem vínculo empregatício. Isso pode trazer diversos benefícios. Confira alguns exemplos de vantagens a seguir:
- Chances reais de alcançar rendimentos superiores à média;
- Facilidade para organizar compromissos profissionais e pessoais;
- Escolher os campos jurídicos em que deseja trabalhar;
- Possibilidade de adquirir vivência prática em diferentes campos do Direito;
- Controle total sobre a gestão dos próprios horários e demandas.
Entretanto, alguns percalços e dificuldades podem surgir ao se optar por atuar como autônomo. Veja os contratempos:
- Adentrar em um mercado competitivo e que pode parecer saturado;
- Não possuir renda fixa garantida;
- Lidar com gestão financeira que por vezes pode ser complexa;
- Demanda contínua por investimentos em infraestrutura e estratégias de marketing pessoal;
- Ausência de benefícios trabalhistas.
O que é preciso para ser autônomo?
O primeiro passo é o básico: obter o registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), ato de inscrição obrigatório para o exercício da profissão.
Posteriormente, esse profissional poderá atuar de maneira independente, sem vínculo com escritórios ou empresas.
Contudo, outro passo, a ser dado todos os dias, é manter-se atualizado acerca das novidades jurídicas relacionadas à área de atuação escolhida.
Além disso, é claro, precisa-se abrir um CNPJ, que pode ser do tipo MEI ou de outro regime, a fim de realizar certas tarefas essenciais, como emitir notas fiscais e pagar tributos.